O capítulo da série de reportagens do Bom Dia Piauí desta
sexta-feira (20) mostrou a cidade como referência no setor de saúde na região
Nordeste. O crescimento na área traz cada vez mais pacientes de diversos
estados a capital. O chamado Polo de Saúde concentra a maioria dos serviços e
tem um peso decisivo na nossa economia.
Hospitais públicos, particulares e clínicas
especializadas se destacam pela excelência no mercado e os investimentos
ampliam as oportunidades de trabalho. Os quarteirões dedicados à saúde em
Teresina se desenvolveram na década de 90, a partir do trabalho no Hospital
Getúlio Vargas. A unidade inaugurada há 75 anos, com poucas especialidades
médicas, hojé é referência em média e alta complexidade.
O Ministério da Saúde relaciona vários procedimentos, que
por serem mais complexo, de gravidade e custo maior requerem tecnologia e
qualificação dos profissionais. Para que o hospital realize este atendimento,
ele precisa estar habilitado em alta complexidade naquelas
especialidades", explicou a diretora do HGV, Clara Leal.
Dentro da alta complexidade, vários procedimentos
oferecidos no Piauí pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só são realizados no
Hospital de Urgência de Teresina, como a angioplastia. A unidade foi quem mais
tratou pacientes com aneurisma cerebral em todo o país em 2014, a partir de
equipamento usado em referências mundiais, como a Alemanha.
"O aneurisma que antes era tratado com cabeça
aberta, agora são tratados aqui. Isto reflete em um número maior de pacientes
tratados mensalmente, em uma espera menor pela cirurgia e diminue na internação
hospitalar", declarou o chefe de serviço de neurocirurgia do HGV, Daniel
França.
Aos arredores do HGV surgiram outros centros de
referências em saúde, como o Hospital São Marcos, que se destaca no combate ao
câncer. Em Teresina hoje existem cerca de 800 unidades médicas, sendo que boa
parte está no Polo de Saúde.
"É um polo importante, que atende não só Piauí como
outros estados. Este local tem uma atenção especial, porque lá concentra o que
temos de alta complexidade na saúde, tanto na iniciativa privada quanto
pública", comentou o secretário estadual de saúde, Francisco Costa.
O Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do
Piauí (Sebrae) observou o crescimento do setor de saúde em Teresina, que
resolveu articular mais e melhor os estabelecimentos. O diretor da instituição,
Delano Rocha, conta que constantemente são realizadas pesquisas analisando as
empresas, clientes e colaboradores para montar um conjunto de ações.
O ramo vem
crescendo tanto, que as universidades e faculdades de Teresina vêm investindo
cada vez mais em cursos da área da saúde. Quem estuda estar de olho nos R$ 43
milhões pagos em salários neste setor na capital. Atualmente são 20 mil pessoas
com empregos formais.